segunda-feira, 8 de março de 2021

Ajuste do Doppler Colorido

 
Ajuste da Escala de Cinza
CHI
Frequência 18.0
Gn 35
S/A 3/1
Mapa B/0
D 1.5
DR 66
AO% 100
 
Ajust do Doppler Colorido
CF
Frequência 12.5
Gn 20.0
L/A 3/6
PRF 1.6
WF 141
S/P 1/24
AO% 100
 


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Síndrome dos Ovários Micropolicísticos

 

Síndrome dos Ovários Micropolicísticos



A desordem conhecida como a síndrome do ovário policístico (SOP) foi inicialmente descrito por Stein e Leventhal em 1935. Há pouca discordância de que a SOP deve ser considerada uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas), em que nenhum teste único é diagnóstico. Em essência, o todo (ou avaliação global) é maior do que a soma dos recursos individuais. Contudo, estabelecendo uma visão clara, contemporânea e baseada em evidências definição para esta síndrome tem importantes aspectos clínicos e implicações. No entanto, a definição de SOP continua a gerar controvérsia.

Clinicamente, diagnosticar uma mulher com SOP implica  em um risco aumentado de infertilidade, sangramento disfuncional, carcinoma de endométrio, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Quatro características principais podem ser observadas na SOP:
1) disfunção ovulatória e menstrual,
2) hiperandrogenemia,
3) características clínicas de hiperandrogenismo,
4) ovários policísticos.

Disfunção menstrual clinicamente evidente, como oligoamenorréia ou sangramento uterino anormal, pode ser observada na maioria dos pacientes com SOP.

Critérios de Rotterdam (European Society of Human Reproduction and Embryology and American Society for Reproductive Medicine) para Síndrome dos Ovários Policísticos:
Presença de dois dos três critérios a seguir:
a) menos de seis ciclos ao ano ou amenorréia;
b) hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial);
c) imagens sugestivas de ovários policísticos.

Ainda pelo consenso de Rotterdam, o aspecto ultrassonográfico do ovário policístico é definido pela presença de 12 ou mais folículos medindo entre 2 mm e 9 mm e/ou aumento do volume ovariano (maior que 10 cm³).

O critério não pode ser utilizado nas pacientes em uso de anticoncepcional, bem como quando existe um folículo dominante (maior que 1,0 cm) ou corpo lúteo ou outras alterações que levem a um aumento do ovário. Nestes casos, deverá ser feita uma nova avaliação num próximo ciclo.

A mulher que apresentar ovário policístico à ultrassonografia na ausência de clínica sintomática ou laboratorial, sem problemas ovulatórios ou hiperandrogenismo não deve ser considerada como portadora da Síndrome dos Ovários Policísticos.

É importante salientar que, embora a morfologia ovariana policística ao ultrassom possa ser encontrada em aproximadamente 75% das pacientes com SOP, chama a atenção que essa morfologia pode ser encontrada em até 20% de mulheres normais.
 
Referência Bibliográfica:

 

domingo, 8 de dezembro de 2019

Varicocele - Estudo por Ultrassononografia e por Doppler Colorido

VARICOCELE - ESTUDO POR ULTRASSONOGRAFIA SEM E COM DOPPLER COLORIDO

Varicocele consiste na dilatação das veias dos plexos pampiniformes, correspondendo à principal causa de massa palpável ao exame físico.

Resultado de imagem para varicocele

A varicocele pode ser sintomática ou não. No caso das sintomáticas, pode se apresentar como massa, dor, atrofia testicular ou infertildade.

Existem várias classificações para o estudo da varicocele. Parafraseando um preceptor da minha época de residência em radiologia: "Qualquer método é melhor que nenhum método!". Desta forma incluirei aqui as formas de avaliação mais praticadas na ultrassonografia, com e sem Doppler.

ULTRASSONOGRAFIA SEM DOPPLER

Grau I: Pequena varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo aproximadamente 3 a 4 milímetros em repouso e com acréscimo de 1 milímetro às manobras de Valsalva.

Grau II: Moderada varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo aproximadamente 4 a 5 milímetros em repouso e com acréscimo de 1,2 a 1,5 milímetro às manobras de Valsalva.

Grau II: Acentuada varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo mais que 5 milímetros em repouso e com acréscimo superior a 1,5 milímetro às manobras de Valsalva.

Imagem relacionada
Dilatação das veias do plexo pampiniforme


ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER

Grau I: refluxo no nível da virilha somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular

Grau II: refluxo ao nível do segmento proximal do plexo pampiniforme somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular

Grau III: refluxo nos vasos distais no nível do escroto inferior somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular

Grau IV: fluxo reverso espontâneo, aumentando durante a manobra de Valsalva, com deformação escrotal e possível hipotrofia testicular

Grau V: refluxo em repouso no plexo pampiniforme dilatado, possivelmente aumentando durante a manobra de Valsalva, sempre acompanhado por hipotrofia testicular

Varicocele com estudo Doppler

TEMPO DE REFLUXO

Com relação ao tempo de refluxo nas veias do plexo pampiniforme é considerado patológico aquele superior a 1 segundo.


Sugestões de laudos:
Como poderão ver a seguir, não escrevo no laudo Bolsa Escrotal, pois o termo Escroto quer dizer: saco musculocutâneo que contém os testículo e os epidídimo. Desta forma, na minha humilde compreensão,  Bolsa Escrotal seria pleonasmo. Desta forma, aconselho escrever Ultrassonografia da Bolsa Testicular ou Ultrassonografia do Escroto.

ULTRASSONOGRAFIA DA BOLSA TESTICULAR

História Clínica/Indicação:
-

Técnica:
- Exame realizado com transdutor linear multifrequencial.

Relatório:
- Testículo direito tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³)
- Testículo esquerdo tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³)
Normal:12 a 30 cm³
- Epidídimos com volume normal e ecogenicidade preservada.
- Ausência de sinais de hidrocele.
- Ausência de varicocele.

Opinião do Relatório:
-->
- Ausência de alteração detectável pelo método na região examinada.



ULTRASSONOGRAFIA DA BOLSA TESTICULAR COM DOPPLER

História Clínica/Indicação:

Técnica:
- Exame realizado com transdutor linear multifrequencial com estudo Doppler.

Relatório:
- Testículo direito tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³). Estudo Doppler evidenciou padrão de vascularização normal do parênquima.
- Testículo esquerdo tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³). Estudo Doppler evidenciou padrão de vascularização normal do parênquima.
Normal:12 a 30 cm³
- Epidídimos com volume normal e ecogenicidade preservada.
- Ausência de sinais de hidrocele.
- Ausência de varicocele bem como de sinais de refluxo.

Opinião do Relatório:
- Ausência de alteração detectável pelo método na região examinada.
-->
- Estudo Doppler dentro dos padrões da normalidade.