VARICOCELE - ESTUDO POR ULTRASSONOGRAFIA SEM E COM DOPPLER COLORIDO
Varicocele consiste na dilatação das veias dos plexos pampiniformes, correspondendo à principal causa de massa palpável ao exame físico.
A varicocele pode ser sintomática ou não. No caso das sintomáticas, pode se apresentar como massa, dor, atrofia testicular ou infertildade.
Existem várias classificações para o estudo da varicocele. Parafraseando um preceptor da minha época de residência em radiologia: "Qualquer método é melhor que nenhum método!". Desta forma incluirei aqui as formas de avaliação mais praticadas na ultrassonografia, com e sem Doppler.
ULTRASSONOGRAFIA SEM DOPPLER
Grau I: Pequena varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo aproximadamente 3 a 4 milímetros em repouso e com acréscimo de 1 milímetro às manobras de Valsalva.
Grau II: Moderada varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo aproximadamente 4 a 5 milímetros em repouso e com acréscimo de 1,2 a 1,5 milímetro às manobras de Valsalva.
Grau II: Acentuada varicocele, com o paciente em ortostatismo medindo mais que 5 milímetros em repouso e com acréscimo superior a 1,5 milímetro às manobras de Valsalva.
Dilatação das veias do plexo pampiniforme |
ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER
Grau I: refluxo no nível da virilha somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular
Grau II: refluxo ao nível do segmento proximal do plexo pampiniforme somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular
Grau III: refluxo nos vasos distais no nível do escroto inferior somente durante a manobra de Valsalva, sem deformação escrotal ou hipotrofia testicular
Grau IV: fluxo reverso espontâneo, aumentando durante a manobra de Valsalva, com deformação escrotal e possível hipotrofia testicular
Grau V: refluxo em repouso no plexo pampiniforme dilatado, possivelmente aumentando durante a manobra de Valsalva, sempre acompanhado por hipotrofia testicular
Varicocele com estudo Doppler |
TEMPO DE REFLUXO
Com relação ao tempo de refluxo nas veias do plexo pampiniforme é considerado patológico aquele superior a 1 segundo.
Sugestões de laudos:
Como poderão ver a seguir, não escrevo no laudo Bolsa Escrotal, pois o termo Escroto quer dizer: saco musculocutâneo que contém os testículo e os epidídimo. Desta forma, na minha humilde compreensão, Bolsa Escrotal seria pleonasmo. Desta forma, aconselho escrever Ultrassonografia da Bolsa Testicular ou Ultrassonografia do Escroto.
ULTRASSONOGRAFIA DA BOLSA TESTICULAR
História Clínica/Indicação:
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Técnica:
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Exame realizado com transdutor linear multifrequencial.
Relatório:
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Testículo direito tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade
sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³)
-
Testículo esquerdo tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade
sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³)
Normal:12
a 30 cm³
-
Epidídimos com volume normal e ecogenicidade preservada.
-
Ausência de sinais de hidrocele.
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Ausência de varicocele.
Opinião do Relatório:
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Ausência de alteração detectável pelo método na região examinada.
ULTRASSONOGRAFIA DA BOLSA
TESTICULAR COM DOPPLER
História Clínica/Indicação:
-
Técnica:
- Exame
realizado com transdutor linear multifrequencial com estudo Doppler.
Relatório:
-
Testículo direito tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade sólida
e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³). Estudo Doppler evidenciou padrão de vascularização normal do
parênquima.
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Testículo esquerdo tópico, de contornos regulares, apresentando ecogenicidade
sólida e textura homogênea medindo _ x _ x _ cm (Volume = _ cm³). Estudo Doppler evidenciou padrão de vascularização normal do parênquima.
Normal:12
a 30 cm³
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Epidídimos com volume normal e ecogenicidade preservada.
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Ausência de sinais de hidrocele.
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Ausência de varicocele bem como de sinais de refluxo.
Opinião do Relatório:
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Ausência de alteração detectável pelo método na região examinada.
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Estudo Doppler dentro dos padrões da normalidade.